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Há lugar para a Psicanálise na sociedade ocidental contemporânea?

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Roudinesco postula que na atualidade, em face dos avanços e pesquisas das ciências químicas e neurológicas, a eficácia da Psicanálise como tratamento do sofrimento psíquico, vem sendo questionada. As críticas mais recorrentes se referem ao método, à “elitização” do tratamento, aos possíveis desacordos entre as urgências da vida moderna e ao tempo do processo analítico, à distância temporal entre os fenômenos estudados e tratados por Freud e às patologias atuais que afetam o sujeito contemporâneo.

Alguns avanços e achados científicos observados na psicofarmacologia e neurociências são incontestes. E, consequentemente, devem ser considerados pela Psicanálise e por todas as correntes teóricas que tratam dos fenômenos e dos transtornos psíquicos. A questão que se coloca aqui diz respeito, tão somente, à forte tendência atual em rotular o paciente com um diagnóstico, por vezes apressado, e tratar todos os sintomas psíquicos, seja de crianças, adolescentes ou adultos, através de medicamentos e quase sempre associados às terapias que visam apenas modificações de comportamentos sintomáticos, sem levar em conta as causas internas que estão na base dos transtornos. Enfim, cria-se doentes, a indústria farmacêutica fabrica os remédios e as terapias comportamentais tentam moldar os sujeitos em consonância com as exigências sociais ditas adequadas.

Da mesma forma, o desconhecimento em torno da pertinência e abrangência dos postulados psicanalíticos fora do consultório clínico, “Psicanálise Extra-Muros”, encontra-se na base das críticas fáceis e da rotulação ingênua da Psicanálise como possibilidade terapêutica exclusiva às classes sociais mais abastadas e, consequentemente, como uma teoria e prática inviáveis à compreensão e atuação junto à população mais empobrecida. Nega-se, por ignorância, a importância da escuta, da compreensão e da atuação dos psicanalistas nos mais variados contextos sociais e grupais da sociedade moderna.

Como foi dito acima, é inconteste a importância das terapias medicamentosas, quando bem prescritas e corretamente indicadas, para o alívio do sofrimento psíquico. Todavia, a importância da associação destas com a análise das causas internas e individuais de cada sujeito ou de grupos sociais vem sendo desconsiderada e, por vezes, abominada. Para tudo tem um diagnóstico, um remédio específico e um novo comportamento a ser trabalhado com o paciente. Ignorando os conflitos internos do pobre paciente, um diagnóstico é dado e, na sequência, um medicamento é prescrito.

Cada vez mais nos deparamos com pacientes, inclusive crianças, fazendo uso de medicação por conta de diagnóstico de depressão, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno bipolar, TDAH, várias formas de autismo, entre outros, por apresentarem comportamentos observados nas descrições de quadros clínicos contidas no DSM. E a modificação imediata desses comportamentos torna-se urgente. Todavia, a rapidez do desaparecimento dos sintomas encontra-se diretamente proporcional à rapidez do retorno dos mesmos ou de outros sintomas. A eficácia no desaparecimento de um determinado transtorno, sem a elaboração dos conflitos internos subjacentes ao mesmo encontra-se, sem dúvida, na etiologia do retorno dos sintomas sob as mais variadas roupagens. A ausência da elaboração dos conflitos internos quando agravados pelos contextos culturais, econômicos e sociais nos quais os pacientes se encontram inseridos pode estar na base de comportamentos extremamente inadequados que tanto estarrece a sociedade na atualidade.

Por mais que se enalteça as exigências da vida moderna e, portanto, a presença de novas expressões de sofrimentos psíquicos observados na clínica, há, indubitavelmente, lugar para a escuta e manejo psicoterapêutico das dores da alma advindas do mundo interno do sujeito, independentemente de sua condição sócio-econômica. Não se pode negar às crianças, jovens, adultos ou idosos a sua individualidade, suas histórias, seus dramas humanos. Todas as dimensões da vida do sujeito, sejam seus desejos, sejam seus sintomas e comportamentos ditos inadequados ou desviantes estão entremeados com a sua história, sua sexualidade, seu inconsciente, traumas e desejos particulares, por vezes, assustadores e obscuros! Nesse sentido, considerar a Psicanálise como teoria e prática inadequadas para a atualidade, é negar ao homem contemporâneo a dimensão do seu inconsciente, do seu psiquismo, da sua subjetividade.

E é nessa linha de compreensão e prática da Psicanálise que todos nós, membros da Equipe do Centro Jean Laplanche – Psicanálise, acreditamos e nos assentamos.

SEJAM TODAS E TODOS BEM-VINDAS E BEM-VINDOS!

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“A Psicanálise é, em essência, uma cura pelo amor” (Sigmund Freud)

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